jueves, 28 de agosto de 2008

CHEIRA A MAR, E A SAUDADE TAMBÉM






Ainda me cheira a mar,
a maré vasa...
maresia penetrante,
a sargaços...
Por ali andei;
na Ericeira,
choveu;
na Póvoa,
lufadas que barriam;
na Foz,
marulhada, mar picado;
em Matosinhos,
reflexos como pirilampos,
miríada trémula.
No Castelo do Queijo,
caiu a tarde,
veio uma ligeira brisa,
carregada com a neblina
que apaziguou os calores,
como filtradas caricias.
Absorvi aqueles aromas,
intensos...
Será a saudade,
que fez presa em mim?
Mitiga os espaços vazios,
que deixa a distância...
É o meu mar!
Rumor de Oceano...







viernes, 1 de agosto de 2008

REPORTAGEM - A MINHA BATALHA



BATALHA DE FLORES




VALÊNCIA JULHO DE 2008




Tal e como prometi aqui tendes a minha visão pessoal sobre a Batalha de Flores de Valência deste ano de dois mil oito.




SAÍDA DA CIDADE "FALLERA"




Às quatro da tarde acudi ás oficinas dos artesãos "Guaita", há hora que estabeleci com o meu amigo Vicente Monferrer, encarregado dessa empresa e um dos profissionais destacados desta festa.

Nas oficinas da "cidade fallera"
















Depois de dar-lhe os últimos retoques, as carroças foram enganchadas aos tractores, para ser conduzidas ao local da Festa.




CHEGADA À ALAMEDA

CARROÇAS


















ADORNOS









CALEÇAS








VELHAS GLORIAS, QUE FIZERAM GRANDE ESTA FESTA




Uma vez no passeio da Alameda, foi-lhes destinado outro tipo de tracção às carroças, de acordo com a tradição da festa os cavalos campestres, por estar habituados a arrastar nos campos grandes pesos, são os elegidos para tal honra. Nas caleças também se utilizam os outros cavalos.







PREPARATIVOS

Os cavalos são adornados como está estabelecido pela festa, com arreios especiais plenos de tradição.









Quando está tudo preparado, transcorrem umas três horas, as damas vão-se acercando, elegantemente vestidas com os seus vestidos regionais, e começam a ocupar o seu sitio nas respectivas carroças. Tudo adquire luz, cor, beleza e vida. Sem dúvida que em todas as festas desta terra, Valência, a mulher tem sempre, com justo merecimento, um papel preponderante. Entretanto outros aproveitam para um breve descanso. o calor aperta. Está tudo preparado.










AS TRÊS PROVINCIAS DA COMUNIDADE VALENCIANA

VALÊNCIA




ALICANTE




CASTELLÓN DE LA PLANA




O DESFILE

Vão chegando os músicos e o desfile vai-se perfilando. Às vinte horas ouve-se o estrondo dum foguete que avisa o inicio do desfile. A primeira volta é de reconhecimento, e para mostrar a beleza de tudo o que envolve a Festa. Na segunda volta faz-se a entrega de prémios e já se começa a carregar as carroças com o material para a batalha.






















PREPARAÇÃO PARA A BATALHA








Cargando munição




A multidão espectante




A BATALHA

Ouve-se um novo estrondo, é um novo foguete que rebenta nas alturas: é então quando começa a guerra. Os assistentes fizeram provisão, assim como os carros, carroças e caleças: a guerra está declarada. Cruzam-se flores entre os assistentes e os ocupantes dos carros. Em alguns momentos a batalha é intensa, mas com cheiro a flores, e a impacto de balas carregadas de meiguice, algum beijo, ainda que alguma bala, certeira, é dirigida com outra intenção, motivo pelo qual, aquelas belas mulheres, escondem os seus belos rostos detrás duma raquete, para escapar dum impacto de bala tão mortífero. Antigamente usavam-se pétalas de rosas e doutras flores, desde há muitos anos os cravos, "clavelones".






















FIM DA FESTA

Quando rompe o ar um novo foguete, é para anunciar o fim da batalha e, como tal, o fim da Festa. A Presidenta dá por concluída "La Feria de Julio" e "La Batalla de Flores" desejando a todos os presentes um feliz verão.





Tudo acabou, como todas as festas desta terra com muito ruído, luz e cores, uma mascletà com adornos de fogos artificiais. Entretanto, tudo voltava ao quotidiano, à espera duma nova BATALLA DE FLORES...




CURIOSIDADES

Durante a Feira de Julho consomem-se duas coisas muito tradicionais. A "horchata", um liquido branco obtido dum pequeno tubérculo, que se toma muito fria e que mitiga o calor; e as "mazorcas de maiz", espigas de milho, assadas na brasa, em plena rua, estão riquíssimas!