sábado, 24 de abril de 2010

ROSA VERMELHA - ROSA ROJA



Essa Rosa Vermelha!!!
Que veste caminho e quelha,
é a rainha das flores.
Paixão pra muitos amores!

Pelo vento sacudida,
que atiça sem parar.
Como gente d’alma ferida
rota por tanto penar…

Ressalta a cor e a beleza,
fogo, chama ardente,
como povo enfurecido!

Por tanto tempo perdido.
Numa luta desigual, demente.
Pedem justiça, tem pobreza…




¡Esa Rosa Roja en el mosquetón!
que viste camino y callejón,
es la reina de las flores.
Pasión para muchos amores!

Por el viento sacudida
que atiza sin parar.
Como gente con el alma herida
rota por tanto penar.

Resalta el color y la belleza,
fuego, llama ardiente,
¡cómo pueblo enfurecido!

Por tanto tiempo perdido.
En una lucha desigual, demente.
Piden justicia, tienen pobreza...


74 comentarios:

Branca dijo...

Que lindo Duarte!

A primeira rosa "roubei-ta" há tempos e tenho-a guardada, o que não sabia era do teu jeito poético..muito interessante!
Mais interessante ainda a forma bela e diferente como festejas o 25de Abril e sabes lamentar desse jeito delicado a tristeza de uma luta tão longa e desigual.

Beijinhos
Branca

Cândida Ribeiro dijo...

Duarte,

Lindo poema!

Um grito vermelho, de amor e tristeza por uma luta desigual.

...as rosas belas e perfumadas.

um abraço com muita luz

Sandra Figueroa dijo...

Hermoso poema, hermosas rosas Duarte, me facinan las rosas. Fue un placer leer tus letras. Besos, cuidate mucho.

Duarte dijo...

Branca,
É certo que certas conquistas foram conseguidos, isso faltava! mas seguimos no buraco do mundo.
Tenho muito escrito, neste teor, mas neste espaço pouco, coisas da temática!

Um abraço agradecido

María dijo...

Hola, amigo Duarte:

Hoy tu blog se viste de primavera, de color, de pétalos llenos de vida, y de sonetos suaves, exquisitos y elegantes.

Me parece un post lleno de delicadeza, el que nos has regalado hoy, amigo Duarte, y la verdad es que ya tenía yo ganas de leer un poema en tu blog, por ello mismo, hoy me ha parecido un día especial por el detalle que has tenido con todos nosotros en hacernos este regalo de versos sumamente perfumados.

El significado de la rosa es tan variado, amigo, igual que la misma vida, o el amor, que puede ser delicada, por su aroma, por sus pétalos, pero también puede clavarse una espinita y hacer daño.

Significados distintos como la vida tiene: amor, pasión, amistad, o desigualdades, odios, guerras.

Amigo Duarte, gracias por regalarnos siempre tanto arte en tu blog.

Te deseo un feliz día de primavera, lleno de luz y de color.

Un beso amigo.

Duarte dijo...

Canduxa,
vejo que logrei transmitir o meu sentir, isso é bom!
Desgarros que nos dá a vida, querida amiga.
Rosas, sempre rosas, mas perfumadas!
Percebi esse sentir teu no abraço que nos demos

Duarte dijo...

Poetiza,
a mi también, Sandra, estas además muy significativas, para los que estamos a este lado de ese inmenso charco, en la tierra Lusitana.
Besos y cuidate

Duarte dijo...

María,
estaba previsto, las rosas las fotografié en los jardines del Palacio de Cristal de Oporto, el verano pasado.
Las flores son una debilidad y las rosas una pasión. Siempre que veo una rosa tengo que inclinarme para olerla y fotografiarla... todas, y cada una, posee cierto encanto... que me fascina. E, perfume de mujer... no es posible desear más.
Esta rosa va enfocada a un acontecimiento de Portugal que marcó las páginas de la historia en el mundo, pero sin que se lograsen os fines deseados en su plenitud: por eso el poema.
El próximo llevará rosas pero con otra temática, vosotras, las otras rosas, aún más bellas, como tú!
Que tengas un día pleno de felicidad.
Te beso con amistad

São dijo...

Uma grata surpresa saber que escreves assim poesia.

As rosas são lindas(levo-te a primeira).

E Abril, sempre!!

Apesar dos desencantos e do que ainda falta conquistar.

Um grande abraço, amigo meu.

Justine dijo...

Duarte, um beijo de Abril pelo teu poema, por aquilo que simboliza:))

Duarte dijo...

São,
está bem, uma boa amiga bem merece uma rosa.
Claro que sim, muito foi o conseguido e o que ficou encaixado...
Mas Abril sempre! Foi algo muito belo que tive que viver desde fora...
Um grande abraço de maior amizade.

Duarte dijo...

Justine,
amiga, agradecido fico e radiante, ao perceber a tua sensibilidade. :))
Um grande abraço dos de sempre, fraterno

AFRICA EM POESIA dijo...

Duarte
que bonitos estes momentos...
A poesia tem disto .
Une as pessoas.
Sou mesmo da mesma terra que tu.
Um beijãoooooooooooo

AFRICA EM POESIA dijo...

SOU MESMO...


Sou mesmo...
Da mesma terra que tu
Da terra do chão vermelho
Da terra batida cheirando a pó...

Sou mesmo...
Da mesma terra que tu
Onde todos saltamos os rios
Corremos a apanhar borboletas...

Borboletas de cores lindas...
De gafanhotos que saltavam
Que pulavam à minha frente
Como quem brinca às escondidas...

E brincava na palha do café
Apanhava bitacaias nos pés
Comia manga, safú e goiaba
Apenas porque...
Sou mesmo...
Da mesma terra que tu...

LILI LARANJO

Navegar é preciso.. dijo...

Oi Duarte,
O perfume destas Rosas chegou até aqui no Brasil. Lindo poema.
Abraços,
Fatima

Duarte dijo...

África em poesia,
Assim é, estamos enamorados da vida.

Aceito o beijão e acabo abraçando-te

Duarte dijo...

Lili,
gostamos do vermelho sendo verdes...
Perto estive dois anos, São Jacinto, Ria, Moliceiros, Dunas...

MOLICEIROS

Umas velas imensas
naquela quietude!
Água cristalina, prata,
no reflexo quebrado
das cores garridas
dos moliceiros.

Abraços de vida

Duarte dijo...

Fátima,
são aquelas coisas que nos faz sentir felizes, poder perceber de longe os eflúvios do belo.

Beijos perfumados de rosas

mdsol dijo...

Duarte

As tuas rosas vermelhas são muito bonitas. Vais-me perdoar. Hoje olho para as tuas rosas vermelhas e vejo nelas lindos cravos, da mesma cor.

Abraço

:))

Sandra dijo...

Duarte...essa veia poética fica-te bem, és tu, ou aquilo que imagino de ti.

Como é uma rosa virtual, essa da imagem, guardei uma para mim, posso?

bjinhos e um sorriso
:)

Duarte dijo...

Mdsol,
fico feliz com a tua interpretação: é a mensagem!... :))
Gosto mais das ROSAS, independentemente da cor, neste caso a cor é fundamental...

Um grande abraço

Duarte dijo...

Sandra,
só tu podes resolver a incógnita. Eu sempre fui muito transparente, digo aquilo que sinto. Hoje com a firmeza que me dão os anos. :))
Claro que sim, a tua amizade bem merece uma das minhas rosas: do roseiral do nosso Palácio de Cristal.

Beijinhos com perfume de rosas

María dijo...

Amigo Duarte:

Vengo a desearte un feliz Domingo de primavera, y a dejarte aquí el comentario que he escrito del post dedicado a ti, a los poemas y libros.

Un beso.


Todos los días deberían estar dedicados a los libros, y no ún sólo día, porque leer libros enriquece.

Desde aquí os doy gracias a todos por enriquecerme con vuestros blogs que para mí son libros enriquecidos de interior, de reflexiones, de poemas, de bellas imágenes.

Aclararos, para quienes hayan tenido el detalle de ir a conocer el blog de Joaquín Duarte, tal y como él ha dejado dicho aquí en un comentario, que no utiliza sus blogs para poemas, pero sí ha escrito libros y está preparando otros más, para lo cual, desde aquí le deseo mucha suerte en sus nuevas publicaciones, y espero nos tenga al corriente de todo ello, dándole las gracias por permitirme la publicación de sus versos, y por dejarme el regalo de otros de sus preciosos versos, es un privilegio para mí decorar mi blog con sus poemas.

Os doy las gracias a todos por acompañarme y por vuestras cálidas huellas.

Un beso.

Duarte dijo...

María,
muchas gracias.
Me has dejado anonadado. Lo que dices es tan bello que tengo que decir, dentro de mi modestia, que no creo merecer tales calificativos. Sé que son palabras de amistad y lo agradezco mucho. Ante comentarios de esta índole es difícil decir algo coherente. Me limito a decir que te estoy infinitamente agradecido.

Besos desde la emoción

Claudinha ੴ dijo...

Olá Duarte!

Uma rosa vermelha é sempre sinal de amor, de romance e de paixão. Uma rosa é sempre uma rosa! O poema vestiu-se de vermelho para brindá-la! Parabéns!
Bj

María dijo...

DUARTE

No me tienes que dar las gracias, eres tú quién te las mereces, por dejar que comparta tus versos en mi blog para todos.

Decirte que eres un gran poeta con gran corazón, y eso se transmite al leer tus versos, por eso son tan sensibles y dulces.

Gracias amigo mío por ser tan gran persona.

Un beso.

Duarte dijo...

Claudinha,
Obrigado. Adorei o modo como defines o conjunto.
Como disse Rainer Maria Rilke...
Une rose seule, c'est,toutes les roses et celle-ci: l'irremplaçable, le parfait.
Um grande abraço

Duarte dijo...

María,
Existe reciprocidad. Es el concepto que tengo de ti. Eres una persona de nobles sentimientos.
Gracias por todo, siempre.
Te abrazo emocionado

Ana dijo...

Lindíssimas rosas e lindo poema ! Parabéns, Duarte!
Um beijo.

rendadebilros dijo...

Estas rosas são maravilhosas, até parece que se sente o perfume, são de uma beleza extraordinária...
Eça é sempre o maior... adoro a escrita, tão fluente, tão certa , como se fosse tão fácil... E aquelas terras dixzem-me muito, daí são naturais os meus avós...
Abraço, boa semana.

rendadebilros dijo...

E obrigada pelo poema... chama o calor...

Duarte dijo...

Ana,
agrada saber que gosta. Obrigado.
Um abraço

Duarte dijo...

La Gata Coqueta,
María del Carmen, que bonito!!!
FELICIDADES...
Paso a verte.
Un gran abrazo

Duarte dijo...

Rendadebilros,
sempre saí em defesa sua, até no México, quando do filme da sua obra, o crime do padre Amaro; que ali levantou uma polémica intensa.
Um romance, curto, mas cheio de sabor, Alves & Cia., penso que carregado de fases autobiografias... Sim, deve ter vivido inetensamente...
Tenho as obras completas da editorial Aguilar e algumas soltas, E uma edição muito bonita que fez os CTT.
Se não estou equivocado foi natural da Póvoa de Varzim, mas duma família minhota, disto não estou seguro.
Um grande abraço e uma boa semana

Duarte dijo...

Rendadebilros,
o verão foi duro esse ano... e na Ota o calor fazia-se sentir... enquanto caminhava entre o imenso pinhal os versos foram fluindo...

São dijo...

Obrigada , então, pela rosa.

E que pena não teres vivido por dentro Abril.


Boa semaan.

Duarte dijo...

São,
vivo em Valência desde o 19 de março de 1968.
Tudo o que sei foi pelo pouco que deu aqui na TV, o que me contais, alguns livros que adquiri, ao que agrego o filme de Maria Medeiros que tenho aqui em casa. Que não tem nada que ver com vivê-lo.
Sim, foi uma pena...
Boa semana e beijinhos

L e n a dijo...

A rosa vermelha,
rainha das flores,
que bom cheirinho ela tem...

Estou a ver no teu comentario acima,
que ja vives a algums anos em Valência; eu tb ja faz muitos anos que estou em França...cheguei no 27 de abril 1967...
Lembro me desse 25 de abril pelas noticias da tv, foi um grande Dia..

Lindo poema Duarte,
ja conhecia esse teu talento...
escreves muito bém.

Boa semana !

Um beijo

Duarte dijo...

Lena,
gosto do modo como te expressas, sabes chegar ao mais profundo do ser humano, à alma!
Pelo menos viveste de perto o maio do 68. Eu nem uma coisa nem a outra. Acabava de chegar a Espanha e não tinha trabalho... já tinha em que pensar...
Agradeço as tuas palavras amigas.
Beijinhos e que tenhas uma semana plácida

gaivota dijo...

seja uma rosa, um cravo
seja vermeha/encarnada, ou qualquer outra cor!
é representativa de amizade!
beijinhos

Duarte dijo...

Gaivota,
uma flor símbolo de amizade... isso! É realmente o que mais importa.
Abraço-te com amizade

Rosa dos Ventos dijo...

Belo e comovente poema!

Abraço de Abril

Duarte dijo...

Rosa,
como tão breves palavras podem dizer tanto... obrigado

Abraços de Abril, sempre

La Gata Coqueta dijo...

¡¡Gracias Duarte!! Por permitirme caminar juntos durante este tiempo.

En cuanto a la poesía que has dejado es tan tierna y sensible como siempre, sólo con unas pequeñas gotas de rocío para el recuerdos...

Ellas son las reinas de muchos acontecimientos más casi siempre de felicidad que de amarguras.

Porque hay que intertan por todos los medios sonreirle a la vida...

Bellas palbras dejadas como comentario en la gatera...

Un abrazo

María del Carmen

Duna dijo...

Duarte he logrado tocar esa rosa, ese pétalo , y me ha salido esto que te dejo con todo mi cariño.

aquella rosa roja que adornaba mi pelo
encendia la noche con su luz y candor
de tu piel a la mía traspasaban calor
despojando mi piel a tu vista aquel velo

El rosal fue brotando como terciopelo
arrancando de mi piel todo fulgor
y en la noche estrellada prendida de amor
a mi alma ataste con raices de anhelo.

Un instante valió para ser eternos
momentos de dicha en pétalos y olor
cuando apendimos juntos a sabernos

desaparició de nuestra vida el dolor
sin lucha, sin palabra , sólo entendernos
en el lenguaje bello y mudo de la flor.
Duna

Besos amigo

Sara dijo...

Duarte querido...hoy nos traes mi flor preferida, siento su aroma y percibo su fuerte color, ¡que es precioso!...tendreis Valencia llena de ellas, disfrútalas y gracias por traernos hoy...un regalo, ¡una flor!.
Que tu vida esté llena de aromas a flores y sea camino de rosas, de corazón, de esta amiga que te aprecia.
Muackssssssssssss

Mariluz GH dijo...

Hola :) María nos recomendaba visitar su casa y me ha encantado hacerlo. Se unen en su poema dos de mis debilidades, las rosas y los versos comprometidos.
Con su permiso seguiré leyendo y conociendo sus "recovecos".
Dos abrazos y un beso desde la costa del sol.

Duarte dijo...

La Gata Coqueta,
María del Carmen, lo hice encantado: seguiremos.
El momento lo requería, 25 de abril es fecha inolvidable para los portugueses.
En tu gatera siempre lo mejor y más perfumado...

Besos y mi admiración

Duarte dijo...

Duna!
siento satisfacción
cuando escribo este nombre...
Duna!
aquellas dunas de São Jacinto,
Enormes!
como barrera entre el mar
y las instalaciones de la Base Aérea,
todo adornado de pinos y eucaliptos...
así es la costa portuguesa por el norte...
y los atardeceres rojos!...

Duna, sonetos, con lo que me gusta este estilo de poesía!...
Me has sorprendido muy favorablemente lo que te agradezco infinitamente.

Un fuerte abrazo y mi admiración

Duarte dijo...

Sara,
estas rosas han venido de Porto, del Palacio de Cristal.
Las guardé para rendir homenaje a un día que nos une a los portugueses, el 25 de abril.
Rosas que llegaran a ti... amiga del alma...
Besos perfumados de rosas de abril

Duna dijo...

Duarte, la satisfacción es mía.
La poesía une almas y borra fronteras.
Mi humilde aportación tiene muchos fallos, porque no he editado, ni he medido, sino que he brotado como esa rosa, al natural
No importa la métrica cuando del día de la revolución se trata. Lo mas importante es entenderse.
He dejado mis versos de duna
como pétalos de flor...
Muchas gracias amigo.
Besos

Duarte dijo...

Mariluz,
es un placer verte por aquí, aparece siempre, serás bien recibida.
María es una buena amiga, llevamos años navegando juntos: te unes al grupo? Espero que si.
Acepto abrazos y besos que retribuyo encantado

Duarte dijo...

Duna,
me encanta tu reciprocidad y espontaneidad...

Ya lo decía mi profesor de lengua, José Amador, que reiteró el gran Pedro Homem de Melo... escribe lo que sientas... la métrica es necesaria si lo que haces es muy serio... nunca la mido.

... aún percibo su perfume...

Te abrazo

manuela baptista dijo...

Duarte

finalmente aqui cheguei, aos amigos de Portugal!

e dou logo de caras com as suas belas rosas e com a sua poesia.

e eu que sou assim uma espécie de padeira de Aljubarrota :))

digo-lhe

que em Castelhano está mais bonito!

um abraço

Manuela

Duarte dijo...

Manuela Baptista,
gostei dessa sinceridade e espontaneidade.
Faço o mesmo, digo o que penso e sinto.
Continuam a fazer-nos muita faltas umas quantas padeiras de Aljubarrota!:))
Abraços de vida

Branca dijo...

Duarte,

Obrigada pela tua visita.
Tens sempre palavras poéticas para deixar, palavras que saem de uma alma sensível como a tua.
Só terminei o post depois, mas apenas lhe acrescentei mais fotografias, tenho a certeza que gostarás de as espreitar, sendo como és um amante do mar e penso que dos pescadores também.
Beijinhos
Branca

Duarte dijo...

Brancamar,
claro que sim, tudo o que tem que ver com o mar apaixona-me... sinto-me cativo...
No meu livro "Recordar é viver" escrevi assim...

Angeiras, Corgo, Labruge, por ali andei com o meu pai quando ia pescar e me levava com ele. Caminhar ao lado do grande Oceano, fazer castelos de areia, apanhar mexilhões e lapas, mais tarde ranhosas, foram os meus primeiros passos em franca convivência com rochas, areia e grandes ondas. Muitas vezes senti-me vigiado desde as alturas por aqueles imensos pássaros, as gaivotas, que ao anoitecer vinham até Angeiras, quiçá para não ter que madrugar ao dia seguinte quando chegavam os barcos da pesca da sardinha. Algumas das cenas vividas fizeram-me estremecer: levantou-se, de repente, uma ventania imparável, ao mesmo tempo que um espesso nevoeiro cobria o mar e a praia e a sarronca começava a tocar com esse ruído tão penetrante que dava para enlouquecer ao entrelaçar-se com os gritos das mulheres ou das mães dos pescadores que sempre pensam o pior. Quando cheguei ao sitio do drama o barco salva-vidas já estava fora, era um barco bastante maior que os demais e com um potente motor, os pescadores faziam a manobra de aproximação remando entre aquelas imensas rochas ameaçadoras, que até assustavam, com uma mestria e uma potência únicas, já que um golpe de mar traiçoeiro podia virar a embarcação ou arremetê-la contra elas e acabar com as suas vidas. Felizmente não passou nada e todos os presentes respiramos mais tranquilos, mas o pânico ficou vivo entre todos os presentes. Estas cenas marcaram-me e anos mais tarde, já entre livros, relacionei-as com textos que fui lendo. Uma frase do Vasco da Gama: Não hajais medo, tremem de nós os mares. Outra de Ramalho Ortigão: …remar é dizer ao Oceano: chega-te para lá que aqui vai um homem. Uns versos de Fernando Pessoa, Mar Português, começam assim: Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! Assim eram aqueles bravos pescadores de Angeiras, um dia um deles disse-me que o mar metia medo. Com a maré baixa, a baixa-mar, aquele mar tão feroz tornava-se manso quase imóvel, como um imensa poça de azeite, um vermelhão ao anoitecer. As gaivotas quando me aproximava saiam voando tão baixo e tão lentas que quase me tocavam a cabeça, metiam-se sobre o mar, sem medo, dispostas a iniciar as suas acrobacias à procura do vital alimento e dispostas a cair em picado sobre ele. Anos mais tarde acordei muitas vezes com céus cinzentos, ventos ciclónicos e tempestades que efectivamente davam muito medo. Escutar o grasnido das gaivotas, ou adormecer arrulhado pelo balanceio das ondas durante a contemplação desde as dunas dum anoitecer de belos contrastes, de vermelhos incandescentes, algo incomparável e irrepetível pelo variável da climatologia. Um desses anoiteceres estivais, poucas vezes contempláveis, por fim pude fotografá-lo, imortaliza-lo, mas tive que crescer muito para consegui-lo, já tinha o meu mar!

Beijinhos do mar, e meus!

Dois Rios dijo...

Querido amigo,

Declaro-me surpresa e deveras encantada com a tua poesia. Não te sabia poeta e desde já te oferto, em troca dos teus belos versos, todas as rosas vermelhas que há de haver no meu jardim.

Pétalas de beijos,
Inês

Duarte dijo...

Inês,
querida amiga, não sabes o feliz que me sinto ao ver-te por aqui, algo que desejava ardentemente... por diversas razões!...
Essas e todas as que vou fazer chegar a ti.
Escrevo versos desde criança, mas com certa ordem desde que acabei os estudos secundários.
Aqui os temas são outros mas vou inclinar-me por ir incluindo alguns.
Pétalas de beijos corados pela espera

Juani dijo...

PRECIOSO AMIGO MIO, SABES QUE ADORO LAS ROSAS
SALUDITOS

Duarte dijo...

Juani,
como me voy a olvidar de ello!
Une rose seule, c'est toutes les roses et celle-ci: l'irremplaçable, le parfait.

Besos

La Gata Coqueta dijo...

Con suave coqueteo
pido el consentimiento

me acerco
y te rozo la mejilla con un beso

para ir despidiendo
el fin de semana en silencio

dejando y hallando
sueños de pétalos dorados

mientras paseando
las ilusiones de la mano
van jugando.

María del Carmen

Duarte dijo...

La Gata Coqueta,
María del Carmen,
palabras plenas de sensibilidad
invitan a un paseo al atardecer
así, dejando que la imaginación
permita que se cumplan
anhelos que la vida trae...

Te beso dejandome llevar por la palabra

Unknown dijo...

Una rosa.....................

una flor....................

dejada todo lo dice.............

no hace falta decir anda mas!

por ello..............
FELIZ DÍA DEL TRABAJO PARA TODOS!

Con la esperanza de tener dignidad de vida con trabjo justo!

Por ello

A todos ustedes les abrazo en oración para tal!

y

Paso a dejar mi huella para agradecerte todo lo que brindas.

Paso a dejar mi huella por la luz que eres.

Paso a dejar mi huella para decirte gracias por estar.

Paso a dejar mi huella e invito a pasar por mis solares a tomar nuevos temas sobre el trabajo y a llevar algo que he dejado

Mi cariño y mi paz dejojunto a una rosa amrilla,para que recuerdes que mucho te quiero!
Marycarmen

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Duarte dijo...

María del Carmen.
Marycarmen, claro que si: cómo no voy a pasar por sitios plenos de encanto y suavidad en el decir!?
Existe reciprocidad, querida amiga.
Un gran abrazo y mi amistad

poetaeusou . . . dijo...

*
a vermelha rosa,
é a paixão, no olhar !
,
aquele abraço,
fica,
,
*

Duarte dijo...

Zé,
conheço a tua paixão pelo vermelho...
... pelas que menciono também.

Abraços de amizade

Duna dijo...

Muchas gracias por tus palabras y tu visita a mi blog.
Es un honor y un lujo tener tu compañía.
En cuanto cambie la música del blog, pongo un fado.
Espero que tú me digas cual es el que mas te gusta, y te parece mas bonito.
Muchos besos amigo mío.

Duarte dijo...

Duna,
sabes que lo hago muy a gusto.
La tendrás, para mi es un honor.

Me gustan todos...

En voz femenina:

Maria Lisboa-Amália
M.F.-Aldina Duarte
O silencio da guitarra-Mariza
Guitarra-Katia Guerreiro

En voz masculina:

Por morrer uma andorinha-Carlos do Carmo
Saudade-João Braga
Ha festa na Mouraria-Alfedo Marceneiro
A cantar é que te deixas levar-Camané

Te abrazo emocionado

M. J. Verdú dijo...

Querido Duarte:

Paso a visitar tan bellos jardines y a perderme en el profundo olor de tan hermosas rosas en esta tarde de viernes en la que es un verdadero placer visitar tu espacio virtual, ese rincón acogedor, mágico y sublime que tan fascinadas tiene a mis hadas. No me extraña, este rincón es un paraíso donde disfrutar del encanto de esos lugares a que nos tienes acostumbrados. Saludos. Te dejo mi cariño y mi admiración

Duarte dijo...

María Jesús,
gracias por tus muestras de afecto.
Me ha gustado mucho el tono de tu comentario, quizá el que más. Eres un ser maravilloso.
Tus hadas me están inspirando en algo con lo que pretendo sorprenderte... ya verás.
Recibe todo mi cariño en un fuerte abrazo

AFRICA EM POESIA dijo...

Bela rosa vermelha
Belo poema.
viva a liberdade
beijinhos

vieira calado dijo...

E aí está porque eu sabia que tinha um tradutor competente...
Forte abraço!

Duarte dijo...

Zé,
quanto sabes!!!
Cá espero o material...
Aquele abraço amigo