domingo, 25 de marzo de 2012

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DO PORTO - 1865





 

Lendo um livro do jornalista Germano Silva, encontrei um feito que desconhecia, o que me levou a trazer-vos este meu descobrimento



A Exposição Internacional do Porto realizou-se em 1865 num palácio erigido para tal fim: o Palácio de Cristal. Esta Exposição internacional foi inaugurada a 15 de Setembro. Foi a primeira, desta magnitude, a ser realizada na Península Ibérica.

O Palácio de Cristal foi um edifício que existiu no antigo campo da Torre da Marca, na freguesia de Massarelos. O projecto é da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro: tendo o Crystal Palace londrino por modelo. Media 150 metros de comprimento por 72 metros de largura e estava dividido em três naves.
A sua construção iniciou-se em 1861, e foi demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje Pavilhão Rosa Mota.
A Exposição Internacional do Porto, esteve organizada pela então Associação Industrial Portuense, hoje Associação Empresarial de Portugal. A Exposição Industrial, para além de contar com a visita oficial do rei D. Luís, de Dona Maria Pia e do príncipe herdeiro, contou ainda com 3.139 expositores, dos quais 499 franceses, 265 alemães, 107 britânicos, 89 belgas, 62 brasileiros, 24 espanhóis, 16 dinamarqueses e ainda representantes da Rússia, Holanda, Turquia, Estados Unidos e Japão.
Em 1933, o edifício e os respectivos jardins foram adquiridos pela Câmara Municipal do Porto.

Ao longo dos seus 86 anos de existência, o Palácio de Cristal acolheu muitas outras exposições, destacando-se a exposição das rosas, em 1879, a exposição agrícola, em 1903 e a Exposição Colonial, inaugurada em Junho de 1934. Desta última exposição sobrevive o Monumento ao Esforço Colonizador Português, actualmente colocado no topo oeste da Av. do Marechal da Costa.

O Palácio de Cristal foi ainda um importante espaço de cultura, contendo um órgão de tubos que era dos maiores do mundo. Foi neste palácio que se realizaram importantes concertos do compositor Viana da Mota ou da virtuosa violoncelista Guilhermina Suggia.
Ao ser destruído em 1951, foi construído no seu lugar uma nave de betão armado, em forma de calote semi-esférica, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, segundo projecto do Arquitecto José Carlos Loureiro e do engenheiro António dos Santos Soares e a pretexto do Campeonato Mundial de Hóquei em Patins
Em 1952, ainda com a abóbada incompleta, realizou-se no então denominado Pavilhão dos Desportos, o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em que Portugal sairia vencedor.
Ao longo dos anos, o Pavilhão dos Desportos foi acolhendo, não apenas jogos de hóquei em patins, mas também de diversos desportos. Aqui se têm realizado também diversas actividades recreativas e culturais, nomeadamente, espectáculos musicais, teatro, circo, congressos e exposições, etc.
Tal como tinha acontecido com o seu antecessor, o Palácio de Cristal, também o Pavilhão dos Desportos albergou numerosas feiras da Associação Industrial Portuense até à construção da Exponor em 1987.
Em 1991 o Pavilhão de Desportos foi rebaptizado em homenagem a Rosa Mota, uma das mais ilustres atletas portuenses.


Os Jardins do Palácio de Cristal são um aprazível espaço verde a partir do qual se desfrutam deslumbrantes panorâmicas do rio Douro e do mar.
Estes jardins românticos foram projectados na década de 1860 pelo paisagista alemão Émile David, para envolver o então Palácio de Cristal.
A Avenida das Tílias constitui o eixo mais marcante destes jardins e está ladeada pela Biblioteca Municipal Almeida Garrette (onde se situa a Galeria do Palácio), pela Concha Acústica e pela Capela de Carlos Alberto de Sardenha (edificada em 1849 pela princesa de Montléart).
Os jardins temáticos estão também representados, nomeadamente pelo Jardim das Plantas Aromáticas, o Jardim das Medicinais, o Jardim das Cidades Geminadas (inaugurado em 2009) e ainda o Jardim dos Sentimentos (inaugurado em 2007), onde se encontra a estátua Dor de Teixeira Lopes

Outros espaços aprazíveis são o Bosque, a Avenida dos Castanheiros-da-Índia e o Jardim do Roseiral que está enriquecido com significativos elementos do património artístico da cidade. Nas proximidades surgem sete magníficos exemplares de palmeiras da Califórnia.
Contíguos aos Jardins do Palácio de Cristal estão o Museu Romântico e o Solar do vinho do Porto, ambos na Quinta da Macieirinha. Muito próximo encontra-se, também, a Quinta Tait, com jardins recheados de colecções de rosas, camélias, brincos-de-princesa e um majestoso Liriodendrum tulipifera que circundam a Casa Tait, onde funciona um Gabinete de Numismática.





jueves, 15 de marzo de 2012

FALLAS 2012



Este ano falo-vos da PLANTÀ.


“La plantà”, que traduzido da língua valenciana quer dizer alçar, erigir, levantar o monumento “FALLERO”, a “FALLA”.

A Falla está composta por um conjunto de bonecos, “los ninots”, que estão ensamblados entre si formando um conjunto harmónico, o monumento fallero. Todos os componentes dos monumentos são materiais combustíveis: madeira, pano, papelão, papel, pintura, esferovite, etc..

Depois dum ano de preparativos, as peças que vão compor o monumento, a FALLA, já estão nas ruas e praças da cidade, ocasionado os problemas de circulação do tráfico de sempre, para ser montadas no dia de hoje, 15  de Março, “el día de la plantà”.


O artista fallero, quem vai construir a obra de arte,  reuniu-se, então, com o Presidente da Falla e concordaram as condições económicas para a criação do projecto para a construção da Falla.



Depois de várias visitas às oficinas, para seguir o processo da construção do monumento, chega o dia da plantà. As ilusões estão depositadas nos resultados que se podem obter com a Falla.



No dia 16, de manhã cedo, os juízes, nomeados pela Junta Central Fallera, passarão por todas as Fallas para valorar os trabalhos e atribuir-lhes os prémios correspondentes. É um trabalho árduo e complexo, de muita responsabilidade. Os trabalhos estão divididos por categorias e os prémios são atribuídos em todas elas.



Depois de cinco dias de festejos, todas as Falas são queimadas, “la cremà”,  na noite de São José, 19 de Março, o padroeiro dos carpinteiros. Só ficarão as cinzas, e a vontade inquebrabtável de voltar a começar.



Valência bem merece uma visita nesta quadra do ano.


Estão consideradas Festas de interesse nacional, e internacional: das mais importantes do Mundo.



FELIZES FALLAS PARA TODOS



Premios Sección Especial


1.º  Pedi. Jorge Comín-Sierra Calderona 
2.º  Pilar, Plaza del 
3.º  Convento Jerusalén-M. Marzal
4.º  Exposición-Micer Mascó-A. Baca 
5.º  Almirante Cadarso-Conde Altea 
6.º  Na Jordana, Plaza de 
7.º  Pizarro - Cirilo Amorós
8.º  Cuba-Literato Azorín 
9.º  Sueca - Literato Azorín
10.º  Regne de Valencia, avda-D. Calabria
11.º Archiduque Carlos - Chiva 
12.º Monestir de Poblet-Aparicio Albiñana 
13.º Merced, Plaza de la
 



jueves, 1 de marzo de 2012

MUSEU ROMÂNTICO








O Museu Romântico está integrado na Quinta da Macieirinha, também chamada Quinta da Macieira ou do Sacramento, num edifício datado do século XIX e que pertenceu à família Pinto Basto. 







Tudo isto na cidade do Porto, numa prolongação, já caindo sobre o Douro, dos espaços que circundam o Palácio de Cristal.




Este Museu constitui a reconstituição do interior de uma casa da burguesia abastada novecentista, período tão característico da cidade do Porto. Nesta casa viveu como exilado, durante dois escassos meses, Carlo Alberto, rei do Piemonte e da Sardenha. Onde acabou por falecer a 28 de Julho de 1849.















O povo do Porto sentiu duma maneira profunda e sincera a partida daquele que era considerado um mártir da liberdade. Antes viveu na Praça Carlos Alberto, que por isso leva o seu nome.





Em memória a Carlos Alberto, partindo de aguarelas e litografias da época, foram-se reconstruindo algumas dependências, tentando dar uma ideia, o mais real possível, de como seria uma casa ambientada naquela época. Desse modo a capela, o quarto de dormir, a sala de estar, recobraram o seu ambiente com adornos e mobiliário ali instalados: como podeis ver pelas fotografias.












Foi inaugurada em 1972 e é o único museu do seu género em Portugal.