domingo, 31 de agosto de 2014

ÁNGELES MÚSICOS



LOS ÁNGELES MÚSICOS DE LA CATEDRAL DE VALENCIA


El redescubrimiento de las pinturas murales de los Ángeles músicos del Presbiterio de la Catedral de Valencia, realizadas por los italianos Paolo de San Leocadio y Francesco Pagano, y ocultas durante siglos bajo el recubrimiento barroco, ha supuesto un importante trabajo de restauración de lo que sin duda es uno de los ejemplos más significativos de la pintura protorrenacentista europea. Con ese motivo y dada la precisión de sus detalles se han podido reproducir los instrumentos musicales que ahora se muestran, y de los que se van a hacer diversos conciertos.




 Los frescos fueron hallados el 22 de junio de 2004 durante las obras de restauración del altar mayor de la Seo, después de permanecer más de 300 años ocultos tras la bóveda barroca.



La exposición, que se encuentra en la Catedral de Valencia, se compone de reproducciones a tamaño natural de los ángeles músicos de la bóveda de la catedral, de una maqueta de la Catedral de Valencia tal y como era en el siglo XV, así como de reproducciones a escala de la bóveda barroca realizada en 1670 por encargo del arzobispo de Valencia Luis Alonso de los Cameros, y de la bóveda renacentista que fue encargada el 28 de julio de 1472 por el cardenal y arzobispo de Valencia Rodrigo de Borja.




La muestra también incluye las réplicas del conjunto de instrumentos musicales medievales que llevan los Ángeles en las manos, que han sido reconstruidos a partir de los modelos reproducidos en los frescos de la catedral y que se conservan en el Institut Valencià de la Música.



























La historia
El esplendor artístico de Valencia se refleja en su Catedral. Ésta ofrece una sucesión y superposición de estilos que van del tardo románico al máximo esplendor del gótico, del renacimiento más puro al barroco más exuberante, para terminar en el neoclasicismo más académico. Esta riqueza artística es el reflejo de una ciudad rica y abierta a todo tipo de corrientes culturales.

Los ángeles músicos de la Catedral de Valencia fueron realizados en el periodo conocido como la Edad de Oro de Valencia, época en que la ciudad brilló por si sola en el Reino de Aragón.

En 1472, el cardenal Rodrigo de Borja, arzobispo de Valencia, fue enviado como legado del papa Sixto IV al reino hispano para obtener su colaboración en la cruzada contra el turco y para resolver los defectos de forma existentes en el matrimonio de Fernando de Aragón e Isabel de Castilla. En el séquito que acompañaba al futuro pontífice Alejandro VI se encontraban los pintores italianos: Paolo di San Leocadio y Francesco Pagano.

En Valencia, el 28 de julio de 1472, el cardenal, el cabildo y los mencionados pintores estipularon un contrato por valor de 3.000 ducados para la decoración de la capilla mayor. El contrato especificaba, entre otras cosas, cual debía ser la técnica de ejecución, las condiciones y los materiales a emplear.

En 1670 el arzobispo de Valencia Luis Alonso de los Cameros encargó una nueva y espectacular decoración barroca. Una nueva bóveda ocultó los frescos renacentistas, que se hallaban ennegrecidos por el humo de las lámparas de aceite y velas. Desde ese momento los ángeles músicos nunca más se volvieron a ver.

El 22 de junio de 2004, durante los trabajos de restauración de la capilla principal de la Catedral de Valencia, a través de una abertura existente en la bóveda barroca, los frescos de los ángeles músicos volvieron a ser vistos y fotografiados. Su estado de conservación y la alta calidad de la pintura era tan sorprendente que motivó un pormenorizado estudio y una reflexión en la que participaron historiadores, ingenieros, biólogos, químicos, físicos, arquitectos y restauradores para decidir que se hacía con la capilla.

Después de muchos estudios y del consecuente trabajo de restauración, desde 2006 se pueden ver de nuevo los frescos de los ángeles músicos de la Catedral de Valencia, uno de los principales ejemplos de su Edad de Oro.

Los instrumentos

Ángeles tocando instrumentos musicales han sido representados cantando a la Virgen con el Niño en la pintura medieval y renacentista para simbolizar la armonía y gloria celestial. Los doce ángeles músicos de la Catedral de Valencia se insertan de pleno en esta tradición cultural.

Los instrumentos musicales reproducidos en los frescos pertenecen a tres tipologías: instrumentos de cuerda, aire y percusión. Así, vemos un laúd, un arpa, una vihuela de mano, una vihuela de arco, una cítara, una dulcema, dos trompetas, una flauta doble, una chirimía , un órgano portátil y un aro de sonajas respectivamente.

Los instrumentos fueron reproducidos fielmente y utilizados en el concierto que se ofreció al papa Benedicto XVI con motivo de su visita a Valencia.



33 comentarios:

Elvira Carvalho dijo...

Que maravilha amigo. Quanta beleza.
Adorei o passeio pela catedral de Valencia.
Um abraço e uma boa semana

São dijo...

Valência , pelos teus olhos sensíveis e cultos, é uma preciosidade.

Estes anjos são maravilhosos...Como foi possível esconderem-nos ?!

Grato beijo por estes lindissimos passeios , amigo mio :)

Justine dijo...

Interessantíssimo, Duarte! Diria que o reino de Espanha dá mais apreço às coisas culturais do que este cantinho esquecido dos deuses...
A tua reportagem está como sempre didáctica e entusiasmante!
Que melhor embaixador Valencia poderia desejar??
Um abraço amigo

Graça Sampaio dijo...

Que lindo, Duarte! Tudo! Tudo muito bonito e completo como sempre nos habituou! Obrigada.

Que lindos os frescos! Como gostava de ver isso tudo ao vivo!

Beijinhos maravilhados.

Duarte dijo...

Elvira,
já mencionei noutra ocasião facetas destacáveis desta catedral. Como a do Santo Cálice.
Esta descoberta foi destacável.
Um grande abraço

Duarte dijo...

São,
a evolução das Arte, e a pouca sensibilidad de quem governa. Com a chegada do Barroco procedeu-se a tapar tudo aquilo que já estava muito visto, ocultando esta beleza. Com a restauração estão a descobri-se diversos aspectos artísticos que ficaram ocultos pelo tempo. Fruto da mão do homem e da cabeça de alguns insensatos. Ainda bem que resistiram ao paso do tempo!
Abraço bem grande

Rosa dos Ventos dijo...

Que bela reportagem!
Agradeço, já que dificilmente verei estes anjos ao vivo!

Abraço

Duarte dijo...

Zé,
fez-se uma grande inversão em grandes restaurações. É certo que muitas delas foram com participação popular. Ainda não acabaram as obras do restauro da Catedral...
O único que consegui, até ao momento, foi uma autorização para poder fotografar algumas destas coisas.
Um abraço bem grande

Duarte dijo...

Graça Sampaio,
só tens que aparecer, acompanho-te com muito gosto.
Impressionou-me a viveza das cores e a perfeição nos acabados.
Abraços agradecidos

L e n a dijo...

Tudo tão lindo, mais que lindo,
a catedral é duma beleza indescriptivel, tudo é magnificência..
Tuas fotos são bellissimas Duarte da primeira até a ultima...
Valencia é uma cidade fabulosa cheia de tesouros...

Beijinhos

Silenciosamente ouvindo... dijo...

Mas que sorte a sua meu amigo,
percorrer essa exposição maravilhosa!!!
Que descoberta fantástica...
Que feliz recuperação...
Obrigada pela partilha.
Não sou colecionadora de nada.
Mas tenho vários anjos de diversos
tamanhos, e sempre que vejo algum
que "me toque" vem comigo para
m/casa.Tenho alguns comigo.
Bj.
E tudo de bom para si.Irene

Duarte dijo...

Rosa,
A exposição estará até ao 11 deste mês.
Mas as pinturas aí estarão para sempre.
Aparece e iremos vê-las.
Abraços

Duarte dijo...

Lena,
assim é, lindíssimo!
Esta Catedral possui diversas jóias. Uma delas, que já trouxe aqui, é da capela dio Santo Cáliz. Mas também está o braço de São Vicente. Muito mais, para vê-lo.
Há muito que te convidei, só tens que aparecer.
Beijinhos

Duarte dijo...

Irene,
está perto de casa. O que acontece muitas vezes é que as coisas surgem e não se divulgam, ou não chegam a mim. Senão aí vou eu.
Também tenho amigos que os colecionam. E uma amiga que os pinta muito bem.
Obrigado, o mesmo desejo para ti.
Abraços de vida

Daniel C.da Silva dijo...

Belíssimo post :)

Unknown dijo...

E agora vendo o teu trabalho só sei dizer :
- Não vi nada...Nada...Andei por ali às voltas e com medo de me perder acabei por não ver estas e outras maravilhas.
Excelente o teu trabalho.

Cândida Ribeiro dijo...

Que linda viagem pela Catedral.
Só os teus olhos poderiam ter descoberto esta maravilha...eu que adoro Anjos fiquei encantada.
A música dos anjos é celestial e as harpas e cornetas recordam-nos isso, pelo menos a mim.
Obrigado amigo por tanta beleza.
Um grande abraço para ti, querido amigo.

Maria Rodrigues dijo...

Que catedral maravilhosa, quem sabe um dia a possa ir visitar.
Como sempre excelentes fotos.
Um beijinho
Maria

Duarte dijo...

Daniel,
o evento bem o merece, assim como o espaço elegido.
Obrigado.

Duarte dijo...

Luis,
passamos ao lado mas a guia comentou que había que pagar entrada, e ninguém optou por entrar. Só se paga nas horas em que não há culto. E fundamentalmente pelo museu catedralício.
Volta e veremos tudo isso passo a passo.

Claudinha ੴ dijo...

Olá Duarte! Que maravilha de afrescos. O azul intenso me chamou a atenção. Também fiquei encantada com os instrumentos musicais. Gostaria muito de ter presenciado o concerto que fizeram. Sua s fotos são uma verdadeira viagem. Obrigada!

Duarte dijo...

Cândida,
os meus olhos também descobrem otras coisas bem lindas... recordas?
O concerto foi uma maravilha!
Obrigado eu pelas tuas palavras de consolo.
Também te abraço, querida amiga.

Duarte dijo...

Maria,
aparece, agora é um bom momento. A exposição acaba a 11 deste mês, ainda vens a tempo.
Abraços

Duarte dijo...

Claudinha,
aqui chamam-lhes cores vibrantes...
Uma grande descoberta, que enriquece o patrimonio.
Obrigado amiga pelas tuas palavras de reconhecimento.
Besos

Unknown dijo...

Me alegro muchísimo tu hermoso reportaje, porque todo lo que está relacionado con la música y historia son mis temas preferidas. Este artículo me gustaría pasarlo al pin entre otros que me ha sobrepasado mis esperanzas con la buenísima calidad de tu artículo escrito y fotografiado con gran maestría que no era tarea fácil por la obscuridad de la catedral. Es extraordinario esta esta colección de instrumentos restaurados y a punto de poder dar conciertos. Diny

Duarte dijo...

Diny,
que bien que te explicas, amiga mía.
Como se nota que vives intensamente todo lo que tiene que ver con el mundo de la música y el de la historia.
Qué instrumento es el que más te ha llamado a la atención? Vicente ha usado alguno de ellos, o similar?
Gracias por tus afectos, son factores que me inducen a seguir. Seguiremos con nuestros safaris fotográficos.
Aprendemos uno del otro...

Unknown dijo...

Vicente no ha podido tocar estos instrumentos barrocos, que en estos tiempo se están dando mucho atención igual en La Virgen que en la Catedral.
En sus tiempos tocaba con maestría la batería, el Acordeón de teclado, el violín solo le estudió los 4 años en Finlandia, como yo estudio en las Aulas, y también en la música Sud Americana sobre todo Brasileira la flauta. Como broche de oro tocó los últimos años de su vida el piano de cola y también órgano electrónico un ilusión de su vida que se realizó durante muchos años.Tengo un baúl lleno de buenos recuerdos.Tu amiga Diny que ahora tengo por amigo un excelente y sensible fotógrafo y no menos interesante retratista, poeta etc.etc.

Lúcia Bezerra de Paiva dijo...

Majestosa! É como se eu estivesse "in loco", nessa belíssima Catedral,estou encantada!
Obrigada, por partilhar.
Meu abraço.

Duarte dijo...

Diny,
Me ha gustado, y mucho, la exposición, además teniéndote como asesora en los términos musicales, que de ello sabes mucho.
Cuando estuve en tu cada por primera vez, Vicente ha tocado el piano para mi, "Lisboa antiga", que maravilla, jamás lo olvidaré.
Atesoralos, amiga mía, que valen mucho.
Gracias, como se nota que somos amigos de toda la vida!...

Duarte dijo...

Lúcia,
fico feliz com isso, pois essa foi a minha intenção. Obrigado.
Abraços de vida

M. J. Verdú dijo...

Los ventanales, la cúpula, la pintura ¡impresionantes! En tu blog admiro edificios majestuosos, elegantes, mágicos, hermosos, luminosos, espirituales.

¡Seguro que así es también tu alma! Aunque yo, además, diría que la tuya es un alma viajera

Duarte dijo...

María Jesús,
acertaste plenamente. Soy un enamorado de la vida y de lo bello de espirito. Por eso también soy un corre caminos inquieto.
Gracias, querida amiga, por tus afectos.

Psicologo em fortaleza dijo...

holaa La differencia de humanidad puede finalizar con conocer suöismo excursiones en estambul