martes, 23 de septiembre de 2008

CHEGOU O OUTONO



É outono, cheira bem e até é possível que já vendam violetas no Carmo e castañas na Baixa.




O céu é mais cinzento e menos azul. A temperatura ambiente ainda é cálida. A linha do horizonte está mais perto. O Sol foi-se embora mais cedo. A terra adquiriu um tom avermelhado, assim como a linha do horizonte o rubro, que parece em chamas. Os campos menos férteis aguardam um novo ciclo, uma nova jornada.




As praias vão ficando sòzinhas, vazias de gente, muito mais belas na sua solidão. As gaivotas voam mais baixo buscando o alimento de cada dia, lentas, caprichosas, convencidas de que com essa envergadura o seu voo é firme, seguro, dando ao conjunto uma bela imagem de outono. Até os barcos pararam, como para contemplar tão sumptuoso quadro, um panorama típico da época mais desejada do ano, o outono!




As árvores, até agora engalanadas e belas, elegantemente vestidas de folhas adornando a ramagem, proporcionaram-nos a sombra tão desejada durante o Estio. Agora vão desprendendo-se delas dando passo à nudez, desprotegendo-as. permitindo que os raios de Sol penetrem através delas.




Pouco a pouco, uma a uma, até que acabam por cair todas, num lento, belo y sensual strip-tease, sem posibilidades de poder ocultar esse pudor que a mãe natureza possa-lhe despertar.
Caem lentamente, descrevendo um voo sinuoso, como o piloto mais experimentado, ou a ave que saboreia essa liberdade tão desejada, até deixar-se cair sobre a terra que lhe deu vida, suavemente, como querendo acariciarla; mesmo aos pés de quem a manteu cautiva, formando um manto de frondosa folhagem, um tapete espesso, o colchão da natureza.




Continuam cáindo folhas, notas de outono, como lágrimas vegetais, por um periodo mais , cumprindo um ciclo de vida, pois, quem sabe donde pode ir parar essa folha que da rama se sultou sem destino? Ao álbum dum coleccionador? Ou simplesmente para cumprir o fim biológico que a fez cair. Da terra saiu e à terra voltou para viver o seu outono.




O romantismo que forja o entorno, convida a uma longa caminhada entre a arvoreda, por esse túnel de braços cruzados e entrelaçados, que envolve o caminho.




O vento ao soprar entre esses braços erguidos, tão altos, tão fortes, mais livres e tão nus, ramagem solta ao vento, na busca dum infinito inalcançável, provoca um forte silvo, que tão só o outono o torna audível. Gemidos e murmúrios cruzam-se no caminho, até que um arrepio nos desperta desse encantamento, envolvendo-nos numa atmosfera de tristeza, melancolia e prazer que motiva o estado de ánimo do momento desse deambular.




Escurece, começa a arrefecer. Chove, as gotas já não se detem por breves momentos entre a folhagem, agora são açoitadas com forte chicotada pela fina ramagem. O outono é assim, tudo é mais directo, mais natural, por vezes duro. A folhagem caida, espessa almufada já sem vida, antes verde, depois seca, agora húmida, deixou traspasar o fluxo líquido para que notemos ese aroma inconfundível, tão entranhável e sublime, que nos aproxima à nossa origem e, nos permite perceber o cheiro a terra molhada.




O vinho já repousa nas pipas esperando o dia de São Martinho; entretanto bocas sedentas aguardam o momento para partir em busca desse manantial, desejosas de saborear-lo e deleitar-se com o seu aroma.
Castañas, vinho novo, magustos, música, alegria, corações ardentes que amam o que de bom e maravilhoso nos dá a mãe natureza no outono.




Será que nasci no outono? O certo é que para mim é a estação do ano na que melhor me encontro, com a que melhor me identifico, a que reune nessa relação ser humano natureza o binómio perfeito, logrando todos esses encantos que nos concede a vida no equinócio do outono, daí esta inspiração, provocada por este outono que uma vez mais me acercou ao momento e à terra, na que vim ao mundo para viver o MEU PRIMEIRO OUTONO.

jueves, 18 de septiembre de 2008

JOSÉ FRANCO



JOSÉ FRANCO




SOBREIRO






ALDEIA SALOIA




Cualquiera de estos términos servirían para definir el arduo trabajo de un hombre, José Franco, que con sus dedos construyó un pueblo. En el que se encuentran aquellos aspectos que definen maravillosamente todo lo que se puede ver en un pueblo de los de entonces, de hace unos cincuenta años.




Todo esto en Sobreiro, una pequeña población entre Mafra y Ericeira, que os hablé anteriormente. Este señor, un gran artesano, reconocido mundialmente, era un artista alfarero, un escultor del pueblo y para el pueblo. Vivía de sus quehaceres profesionales pues su reputación no le permitía vivir sin trabajar, pero poco a poco fue construyendo esta maravilla, un deleite para pequeños y mayores.




José Franco hizo renacer su vieja sala de aulas, con los pequeños pupitres de madera, el imponente armario de la profesora, la pizarra; el barbero-dentista, el cliente sometido a un afeitado; en la tasca sirviendo un vaso de vino… ambientes que invitan a un viaje en le tiempo.





En suma, una réplica a tamaño natural de una aldea, de un pueblo de entonces, creada por las manos maestras de José Franco; con las casas, las tiendas, la taberna, la carpintería, el molino, la era, el herrero, todo con el mínimo detalle.




Las tiendas y las casas están amuebladas y equipadas al estilo de la época y pueden ser visitadas, en las que se puede degustar lo más típico y tradicional de la aldea saloia.




Como colofón podemos contemplar una exposición permanente, para nuestro deleite, de las magníficas piezas esculpidas por el gran maestro José Franco








Un verdadero Museo etnográfico de visita obligada.




Horario: Abierto todos los días entre las 10h00 y las 18h00
Existe una amplia zona de aparcamiento


domingo, 14 de septiembre de 2008

CONVENTO DE MAFRA



Convento de Mafra




Este magnífico monumento, joya del barroco portugués, fue mandado edificar por el rey Juan V. Como promesa a San Antonio siempre que su esposa Maria Ana de Austria le diera un hijo barón. Es una de las mayores obras de arquitectura del mundo.




Su construcción fue para rivalizar con el Monasterio del Escorial: más superficie construida, más puertas, más ventanas, en suma, mayor majestuosidad. Entonces ambos países eran grandes potencias mundiales y la cuestión era ver quien más podía.




Las obras se iniciaron en 1717 y finalizaron en 1744. El arquitecto fue José Frederico Ludovico y en ella están reunidos elementos de la arquitectura portuguesa, alemana e italiana. Tiene una fachada de doscientos metros para una superficie construida de cuatrocientos mil metros cuadrados, en la que trabajaron unos cincuenta mil obreros.




Los mármoles vinieron de las canteras de Pêro Pinheiro y de Sintra, las maderas de Brasil, así como el oro que permitió este emprendimiento. Con ochocientas ochenta salas y trescientas celdas, cuatro mil quinientas puertas y ventanas, cinto cincuenta escaleras y veintinueve patios.




Destacan sus dos carillones con ciento catorces campanas cada uno de ellos y con más de doscientas toneladas, lo que permite la realización de estupendos conciertos musicales. seis órganos, y una magnifica biblioteca: las estatuas son obra de los maestros italianos.










Además de convento, el mas imponente monumento del barroco portugués está compuesto por un palacio, una biblioteca y una basílica.









La biblioteca, del siglo XVIII, es una de las mas importantes del país, con cerca de 40.000 libros encuadernados en cuero y con franjas de oro, todos de elevado valor.
Este convento fue escenario de la novela creada por José Saramago “Memorial del Convento”.






Colindante está a Tapada Real de Mafra, también creada por Juan V, para disfrute de su familia, son unas ochocientas hectáreas, donde abunda una fauna diversa. Actualmente es reserva natural con bellos jardines.







Datos de interés




Está situado a unos cuarenta quilómetros al noroeste de Lisboa.
El acceso es fácil por la autopista A8.

Horarios
Visitas mañana y tarde, horarios variables. Precio, tres euros, si no ha cambiado.
Los lunes hasta el mediodía la entrada es gratis.
Permanece cerrado los martes, el uno de enero, el Viernes Santo, el domingo de Pascua, el uno de mayo, el veintinueve de junio y el veinticinco de diciembre.
Los domingos a las 15,30 horas hay un concierto de carillón.

domingo, 7 de septiembre de 2008

PARQUE DOS POETAS



PAÇO DE ARCOS

OEIRAS

PERTO DE LISBOA




Da minha estadia em Lisboa vou destacar esta descoberta que me proporcionou o meu filho Joaquín, que muito está a prender desta terra nos dois anos que permanência, o imerecidamente destacável, por moderno e singular, PARQUE DOS POETAS.










Foi inaugurado em Junho de 2003, proporcionando um espaço de lazer, entre a cultura e o desporto, procurando cruzar a poesia e a arte dos jardins.







Só se alcançou o total desarrolho do projecto em 2006. Tem jardins, alamedas, parque infantil, fontes, parque de merendas, anfiteatro ao ar livre, entre outras possibilidades a descobrir, numa colina desde a que se avista o mar.






Estão representados na primeira fase os seguintes poetas: Carlos de Oliveira, Camilo Pessanha, Teixeira de Pascoaes, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca, José Gomes Ferreira, José Régio, Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Natália Correia, Eugénio de Andrade, Manuel Alegre, Fernando Pessoa, Alexandre O'Neill, António Ramos Rosa, David Mourão-Ferreira, António Gedeão e Ruy Belo...








Cada um deles está representado por uma escultura sua, num jardim com forma de pétala que leva o seu nome e em cujo pavimento se esculpiu um significativo poema do autor.




Um espaço cheio de luminosidade, perto do mar, num espaço aberto entre o jardim e a poesia, criando uma atmosfera que faz com que a visita resulte deliciosa, permitindo recordar que Portugal é terra de poetas.



O Parque dos Poetas é um projecto da Câmara Municipal de Oeiras que com esta iniciativa fez uma merecida homenagem aos poetas e à cultura portuguesa.